A localização geográfica permite que o Brasil seja um potencial produtor de energia eólica. Este ano, o país alcançou mais de 22GW de capacidade instalada nos 812 parques eólicos espalhados em 13 estados. Assim, a energia produzida por meio da força do vento ocupa o segundo no lugar na matriz elétrica (12%), sendo que um imenso potencial ainda não está sendo explorado, que é a produção offshore.
O Brasil tem mais de 7.490 quilômetros de faixa litorânea. Os ventos que chegam são considerados de qualidade. Ou seja, fortes, estáveis e sem mudanças bruscas de direção e com fator de capacidade médio de 42%, enquanto o padrão mundial é de 25%. Mas para que esse imenso potencial de energia elétrica de baixo impacto ambiental e baixos teores de emissões de gases de efeito estufa seja ainda melhor explorado, algumas questões precisam ser destravadas.
No Senado Federal, tramita o marco regulatório da energia offshore. O Projeto de Lei (nº 576/2021), de autoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), foi aprovado na Comissão de Infraestrutura define regras para a exploração de energia eólica, solar ou das marés em alto-mar e também em corpos de água internos, como lagos. O texto foi remetido à Câmara dos Deputados.
Já a Associação Brasileira de Eólicas Marítimas (Abemar) é mais otimista e aposta que em 2025 o setor comece a fazer parte da matriz energética do Brasil. Isso se houver a inclusão aos benefícios do Programa de Incentivo às Fontes, criado pelo Governo Federal ainda em 2002 (Lei nº 10.438).
Diferença entre energia eólica offshore e eólica terrestre
As turbinas eólicas offshore e onshore são bastante semelhantes no design. Geralmente, o que ocorre é que as marítimas são bem maiores que as terrestres. No geral, os equipamentos têm pequenas modificações para permitir que resistam melhor à corrosão e evitem danos excessivos por umidade.
Essas diferenças trazem dificuldades para a expansão do setor no mercado nacional. Segundo a Abemar, ainda não há fabricantes de pás e torres específicas para eólica offshore aqui no Brasil, além de infraestrutura básica portuária para atender ao mercado.
Apesar disso, instalar turbinas eólicas maiores no mar seria mais fácil, sendo que a diferença está, obviamente, na base. Geralmente, as torres offshore têm cilindro de aço oco semelhante à torre, empilhado no fundo do mar a, no mínimo, 30 metros.
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Fonte: O que falta para o Brasil produzir energia eólica offshore? – Click Petróleo e Gás.