O futurista, palestrante e autor americano Thomas Frey, conhecido por suas ideias e perspectivas sobre o futuro da tecnologia e da sociedade fez uma previsão intrigante: as profissões que serão tendência nas décadas de 2030 e 2040 ainda não foram criadas. A questão foi discutida durante a 41ª edição do seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, que contou com a participação do entusiasta do assunto, Walter Longo. Ele alertou para o cenário de transformação constante da sociedade.
Tecnologias como inteligência artificial, automação avançada, entre outras, estão redefinindo as relações de trabalho. Longo enxerga sentido no prognóstico de Frey. “Isso é verdade. Há dez anos, se eu dissesse que uma das profissões do momento é ser influencer digital, as pessoas não saberiam nem o que eu estava falando. Hoje, as pessoas ganham milhões sendo influencer. Engenheiro de prompt é uma profissão que ninguém quer ser, mas o engenheiro de prompt vai ganhar milhões daqui a pouco”, diz.
Prever profissões específicas que surgirão em 2030 e 2040 é uma tarefa complexa, dizem os especialistas. As mudanças dependem de fatores interconectados, como avanços tecnológicos, mudanças nas prioridades sociais e culturais, e até mesmo eventos imprevisíveis. Em 2018, o Institute For The Future afirmou que “85% dos empregos que existirão em 2030 ainda não foram inventados”.
O diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Raniery Pimenta, diz que as prospecções provocam uma reflexão sobre trabalho, profissões e formação de crianças e adolescentes, que serão os profissionais que atuarão neste “mundo do futuro”.
“É importante refletirmos sobre como a escola e os pais podem ajudar as crianças a desenvolver competências para profissões que sequer sabemos quais serão. E se estas profissões não existirem mais no futuro? E se a escola, a família e/ou a própria vida não as ajudarem a desenvolver habilidades como aprender, desaprender, reaprender e adaptar-se? Será que elas estariam fadadas a não serem apenas desempregadas, mas também a não serem empregáveis, como alerta o autor e historiador Yuval Noah Harari em seu livro Homo Deus?”, levanta o questionamento.
Raniery, que ministrou uma palestra sobre inovação no Motores do Desenvolvimento, diz ainda que apesar de não sabermos exatamente quais serão as profissões do futuro, já é possível pensar em um grupo de competências que podem servir às profissões de uma forma geral. O que ele divide em “soft skills” e “hard skills”.
“O caminho passa por trabalhar no desenvolvimento das chamadas soft skills – competências comportamentais e subjetivas que são apresentadas pelas pessoas. Elas serão necessárias nas profissões de hoje e do amanhã. Já as hard skills, dizem respeito às competências técnicas e mais objetivas ligadas diretamente à execução das tarefas de cada profissão e essas sim vão estar mais ligadas ao desenvolvimento das profissões específicas e suas necessidades vão mudar mais rapidamente à medida que o mundo se transforma”, afirma.
Walter Longo acredita ainda que a tecnologia continuará a ser o motor por trás da criação de novas profissões. À medida que a IA se torna mais avançada, a cibernética se funde com a biologia e novos dispositivos e plataformas surgem, profissões relacionadas a essas áreas emergirão para gerenciar e aprimorar essas tecnologias.
“Da mesma forma que a tecnologia destrói empregos, ela constrói novos empregos. Por exemplo, design de sobrancelha, quando que alguém imaginou, há uma década, que a pessoa ia ganhar muito dinheiro, como a Natália Beauty, com design de sobrancelha? Isso é o mundo. O mundo está constantemente destruindo e construindo novas profissões. Os próprios youtubers, que viraram tendência recente. Daqui a 30 anos pode ser que exista barbeiro, mas o alfaiate praticamente acabou quando surgiu a indústria têxtil”, comenta.
FUTURAS OPORTUNIDADES
A edição mais recente do relatório “The Future of Jobs 2023”, divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, destaca que a acelerada digitalização causará uma significativa mudança no mercado de trabalho nos próximos cinco anos, e aponta certas profissões como promissoras para o horizonte futuro. São elas:
-Analista de qualidade
-Analistas de segurança da informação
-Analistas e cientistas de dados
-Assistente de cuidados pessoais
-Engenheiro de computação em nuvem
-Engenheiro de energia
-Engenheiros robóticos
-Especialista de marketing digital
-Especialista em inteligência artificial
-Especialista em sustentabilidade
-Especialista em transcrição médica
-Especialistas em transformação digital
-Gerente de DevOps
-Gerente de produto digital
-Growth hacker
-Operadores de equipamentos agrícolas
-Preparador de equipes médicas
-Product Owner
-Tec Recruter
-Treinador atlético
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